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COP30: como o seu negócio pode contribuir para mitigar o aquecimento global

  • Foto do escritor: Js Comunicação
    Js Comunicação
  • 22 de nov.
  • 5 min de leitura

A COP30, realizada em novembro de 2025 em Belém, reforçou que a transição climática não é mais um tema restrito a grandes corporações ou governos: negócios de todos os tamanhos têm papel direto na redução do aquecimento global — e podem, ao mesmo tempo, conquistar economia, reputação e acesso a novos incentivos financeiros.


Se você é empreendedor ou gestor, este guia mostra o que sua empresa pode implementar hoje,  e quais subsídios, linhas de crédito e benefícios estão disponíveis para quem aposta na sustentabilidade.


1. COP30: por que isso importa para sua empresa?


A COP30 consolidou debates sobre redução de emissões, energia renovável, bioeconomia, soluções baseadas na natureza e inclusão produtiva na transição climática. Para as empresas, isso significa:


  • mais exigências dos consumidores;

  • maior pressão da cadeia produtiva e dos fornecedores;

  • surgimento de linhas de crédito específicas;

  • vantagens competitivas para quem comprova boas práticas.


Ou seja: adotar ações sustentáveis não é mais opcional — é estratégico.


2. Ações sustentáveis viáveis para qualquer tipo de negócio


2.1. Comece pelo básico: inventário de emissões


Quando falamos em “inventário de emissões”, estamos falando de fazer um mapa ou um levantamento de todos os gases de efeito estufa (como CO₂, metano) que sua empresa emite por causa das atividades dela. É como se fosse um inventário financeiro, só que para a “poluição” ou para as emissões de gases que contribuem para o aquecimento global.


Por que isso é tão importante?


  1. Diagnóstico real: Sem saber de onde vem as emissões, é difícil definir prioridades para reduzir.

  2. Tomada de decisão inteligente: Com esses dados, você pode decidir se vale mais a pena investir em energia limpa, melhorar a eficiência energética, mudar fornecedores, etc.

  3. Credibilidade: Empresas que têm inventário podem mostrar para clientes, investidores e órgãos reguladores que são sérias no compromisso com o clima.

  4. Plano de ação: A partir do inventário, você define metas de redução (ex: reduzir em 20% até 2030) e monitora os resultados.

  5. Acesso a incentivos: Ter um inventário pode facilitar o acesso a linhas de financiamento verde, subsídios ou programas de crédito climático, porque demonstra que sua empresa sabe o que está fazendo.


Como fazer na prática:


  • Identificar todas as fontes de emissão na empresa: energia, transporte, resíduos, fornecedores, etc.

  • Medir ou estimar a quantidade de emissões dessas fontes (pode ser por planilha, consultoria ou software).

  • Usar metodologia reconhecida, como o GHG Protocol, para organizar os dados.

  • Registrar, monitorar e atualizar periodicamente esse inventário para acompanhar progressos.


Mesmo empresas pequenas podem começar com algo simples e ir aprimorando conforme crescem.


2.2. Eficiência energética (impacto rápido e econômico)


Pequenas mudanças geram grandes resultados:


  • substituição de lâmpadas por LED;

  • sensores de presença;

  • manutenção de equipamentos;

  • revisão de horários de uso de ar-condicionado e câmaras frias;

  • troca de computadores e aparelhos obsoletos por versões mais eficientes.


Muitos negócios reduzem 10% a 30% da conta de luz apenas com ajustes simples.


2.3. Energia solar ou energia compartilhada


Mesmo para quem não pode investir em painéis solares, existem alternativas:


  • PPAs (contratos de compra de energia renovável);

  • consórcios de energia compartilhada;

  • crédito verde para financiamento da instalação.


A médio prazo, isso diminui custos fixos e reduz emissões do Escopo 2.


2.4. Gestão de resíduos e economia circular


O que pode ser reduzido, reaproveitado ou reciclado?


  • eliminação de descartáveis;

  • embalagens mais leves ou retornáveis;

  • logística reversa;

  • parcerias com recicladores;

  • uso de matéria-prima reciclada.


Além de reduzir custos, fortalece a imagem da empresa como agente de impacto positivo.


2.5. Logística sustentável


Pequenas ações de transporte fazem diferença:


  • otimização de rotas;

  • consolidação de entregas;

  • negociação com transportadoras eficientes;

  • uso gradual de frota elétrica ou híbrida;

  • incentivo a entregas por bicicletas elétricas em áreas urbanas.


Para quem trabalha com delivery, essas medidas impactam diretamente a percepção do consumidor.


2.6. Cadeia de fornecedores mais responsável


Seu negócio pode exigir critérios mínimos de sustentabilidade:


  • certificações básicas;

  • menor uso de químicos;

  • fornecedores locais (reduzem emissões de transporte);

  • fornecedores que também tenham inventário de emissões.


Isso reduz riscos e fortalece o storytelling da marca.


2.7. Desenvolva produtos e serviços de baixo carbono


Rever soluções já oferecidas pode gerar novas oportunidades:


  • embalagens reduzidas;

  • produtos reparáveis;

  • materiais reaproveitados;

  • serviços baseados em assinatura (menos descarte);

  • linhas eco-friendly.


2.8. Compensação de carbono com credibilidade


Se optar por compensar emissões:


  • escolha projetos certificados;

  • publique dados transparentes;

  • utilize compensação como complemento — nunca como substituto da redução real.


Isso protege sua empresa de críticas de greenwashing.


3. Como transformar sustentabilidade em marketing social


Ao adotar boas práticas, sua empresa ganha vantagens comunicacionais valiosas:


• Reputação

Clientes confiam mais em marcas com responsabilidade socioambiental.

• Conteúdo para redes e imprensa

Cada iniciativa pode virar pauta, vídeo, case, depoimento ou relatório.

• Diferenciação no mercado

Empresas com ações sustentáveis ganham vantagem em licitações, parcerias e marketplaces.

• Atração de talentos

Profissionais preferem trabalhar em negócios com propósito.

• Fortalecimento institucional

Relatórios e metas públicas aumentam a credibilidade da marca.


A chave é: comunique com dados, não com promessas vagas.


4. Incentivos e benefícios para empresas sustentáveis (Brasil – 2025)


4.1. Fundo Clima (BNDES)


Financia projetos de mitigação e adaptação, como:


  • energia renovável;

  • transporte eficiente;

  • redução de emissões industriais;

  • inovação de baixo carbono.


As taxas costumam ser mais competitivas que as de crédito convencional.


4.2. Linhas de crédito verde para MPEs (Sebrae + parceiros)


Incluem:


  • juros menores;

  • garantia facilitada;

  • consultorias para comprovar impacto ambiental;

  • acompanhamento de implementação de projetos.


É uma das portas de entrada para empreendedores que querem começar.


4.3. Incentivos fiscais regionais


Estados e municípios podem oferecer:


  • benefícios em ICMS para empresas sustentáveis;

  • estímulos para frotas elétricas;

  • programas de apoio à energia solar;

  • incentivos para reciclagem e logística reversa.


Vale conversar com o contador para mapear oportunidades.


Por exemplo, em Goiás temos:


  • Bogás e biometano: Goiás regulamentou um benefício fiscal (Decreto nº 10.712/2025) para produtores dessas fontes renováveis, com crédito de ICMS de até 85% nas operações internas e 90% nas interestaduais.


  • Diferimento de ICMS para equipamentos: Também há decreto (Decreto nº 10.579/2024) que concede diferimento de ICMS para importação e para compra de máquinas e equipamentos sem similar nacional para geração de energia solar, eólica e biogás.


  • Isenção de ICMS para biomassas: A Lei nº 23.733 (2025) concede isenção de ICMS para biomassas (como sorgo) usadas para geração de energia elétrica ou vapor.


  • Programa Goiás Mais Energia Rural: Foi instituído para incentivar o uso de biocombustíveis e energias renováveis no meio rural, com apoio para biogás, biometano, biomassa e solar.


  • Política Estadual de Transição Energética: A Lei nº 22.579/2024 institui diretrizes para estimular fontes limpas (solar, biomassa, biogás) e reduzir emissões de gases de efeito estufa no Estado.


  • Devolução de ICMS para energia solar: Há notícia de devolução de ICMS sobre energia solar para empresas e consumidores, o que pode tornar o investimento em painéis solares mais atrativo.


4.4. Financiamento privado e bancário


Muitos bancos já oferecem:


  • linhas ESG com juros reduzidos;

  • crédito para compra de equipamentos eficientes;

  • financiamento para placas solares;

  • soluções sustentáveis para agronegócio, varejo e indústria.


A tendência é de crescimento contínuo até 2030.


5. Checklist prático para começar agora


  1. Faça um diagnóstico rápido de consumo (energia, água e resíduos).

  2. Implemente LEDs e ajuste horários de uso de equipamentos.

  3. Revise embalagens e descarte.

  4. Mapeie fornecedores com maior impacto.

  5. Pesquise crédito verde no Sebrae e no BNDES.

  6. Crie uma página no site com compromissos sustentáveis da empresa.

  7. Divulgue ações reais nas redes sociais e imprensa.


Adotar ações sustentáveis alinhadas à agenda da COP30 é uma oportunidade para tornar seu negócio mais eficiente, competitivo e relevante.


Além de contribuir com a mitigação do aquecimento global, sua empresa pode se posicionar melhor no mercado, fortalecer sua marca e ainda acessar crédito, incentivos e benefícios que reduzem custos no médio e longo prazo.


Seja você uma microempresa local ou um negócio em expansão, há sempre algo possível — e mensurável — para começar hoje.


Quer transformar essas ações em estratégia de comunicação e marketing sustentável para sua empresa?A JS Comunicação pode te ajudar a criar campanhas, releases, posts e relatórios ESG para divulgar suas práticas com credibilidade. Marque já um reunião por aqui.


 
 
 

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